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Acusado de assassinar psicóloga em Tupi Paulista é condenado a mais de 16 anos de prisão

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O Tribunal do Júri condenou na tarde desta quinta-feira (25) a uma pena de 16 anos e 8 meses de prisão, em regime fechado, o homem acusado de assassinar no ano passado uma psicóloga em Tupi Paulista.

Maurílio Rogério de Almeida, de 44 anos, foi condenado pelo crime de feminicídio, com caráter hediondo, em julgamento realizado no Fórum de Tupi Paulista.

O crime foi tratado como quadruplamente qualificado. Além do feminicídio, as outras três situações qualificadoras foram motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

O advogado Artur Bonini do Prado, que atua na defesa do réu, afirmou que vai apelar ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) com o objetivo de reduzir a pena imposta a Almeida.

No recurso, a defesa vai insistir na tese de que o réu, que é confesso, agiu sob violenta emoção, linha que não foi aceita pelos jurados nesta quinta-feira (25) em Tupi Paulista.

A psicóloga Helen Carla Matias, de 29 anos, foi assassinada a facadas, em fevereiro do ano passado.

Segundo informações da Polícia Militar na época, a vítima foi esfaqueada pelo namorado, mas familiares dela disseram que se tratava do ex-companheiro, inconformado com o término do relacionamento do casal. Portanto, no dia do crime, eles não estavam mais juntos.

O pai da psicóloga, Josué Matias, de 65 anos, afirmou na manhã desta quinta-feira (25) que a filha foi encontrada ensanguentada pela filha dela, de nove anos, no dia do crime.

“Ela [a neta] disse: ‘Vovô, a mamãe está sangrando”, afirmou Matias.

A PM informou que a psicóloga foi encontrada no chão, ensanguentada e com ferimentos no pescoço, provocados por golpes de faca.

A vítima foi socorrida pelo irmão e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O pai da vítima contou que a filha conheceu o homem pela internet no final de 2016. Ele era de Santo André e foi a Tupi Paulista para conhecê-la. Depois, iniciaram um relacionamento.

“Até emprego arrumamos para ele”, afirmou Matias.

Entre o final de 2017 e o início do ano passado, o ex-companheiro da filha passou a não aceitar o fim do relacionamento.

O pai de Helen afirmou não desconfiar de nenhuma atitude suspeita do homem, até o dia do crime.

“Ele dizia que eu e minha esposa éramos como seus pais. A gente ajudava, colocamos ele em casa e até arrumamos um emprego”, disse.

Hoje, ele afirma que a filha, provavelmente, escondeu possíveis problemas do relacionamento.

“Ela não falava nada. Evitava comentar algo. Perguntávamos se estava tudo certo e ela dizia que estava tudo bem”, relatou.

Matias comentou apenas que, 20 dias antes do fato, a filha já havia cortado relações com o acusado, mas ele insistia em tentar reatar o relacionamento.

“Ele ficava esperando minha filha na saída da academia, na saída de um curso que ela fazia. Não estava aceitando o fim do namoro”.

A psicóloga, na época, cuidava da mãe, que passou por problemas de saúde.

“Era nosso braço direito. Fazia tudo. Até diminuiu o ritmo de trabalho para cuidar da minha esposa”, disse.

Hoje, os avós têm a guarda da neta, filha da vítima.

FONTE: G1 Presidente Prudente

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