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Coronavírus: Globo diz que Mandetta critica imprensa para agradar Bolsonaro

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A Globo emitiu um comunicado durante o Jornal Nacional de hoje criticando o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, depois que ele fez duas críticas à imprensa e à cobertura da crise do coronavírus.

Após destacar que Luiz Henrique Mandetta (DEM), mudou o tom e passou a reforçar a necessidade de isolamento o programa leu na bancada uma nota afirmando que “o ministro da Saúde encontrou uma maneira de agradar o presidente”.

Em coletiva durante a tarde, em Brasília, Mandetta chamou a imprensa de “tóxica” e disse que as notícias trazem “mais estresse à população”.

“Desliguem um pouco a televisão. Às vezes ela é tóxica demais. Há quantidade de informações e, às vezes, os meios de comunicação são sórdidos porque eles só vendem se a matéria for ruim. Nunca vai ter que as pessoas estão sorrindo na rua. Senão, ninguém compra o jornal”, afirmou. “Todo mundo tem que se preparar, inclusive a imprensa. Se não for assim, vai trazer mais estresse à população”.

O jornal refutou essa tese, disse que o jornalismo informa a sociedade e comparou a função dos repórteres à dos médicos como categoria importante no combate à pandemia.

“O ministro da Saúde encontrou uma outra maneira de agradar o presidente: criticou o trabalho da imprensa, afirmando que os meios de comunicação são sórdidos, porque, na visão dele, só vendem se a matéria for ruim. Na pandemia de um vírus letal, contra o qual não há medicamento ou vacina, é estarrecedor que ele não reconheça que o nosso trabalho, o trabalho de todos os colegas jornalistas — daqui da Globo, mas também de todos os veículos — é um remédio poderoso: dar informação para que o povo possa se proteger. Há muitos trabalhos essenciais — o dos médicos, enfermeiros em primeiro lugar. Mas nós, jornalistas, estamos nas redações e nas ruas arriscando nossa saúde para cumprir nossa missão. E fazemos isso com orgulho”, afirmava o posicionamento, apresentado pela jornalista Ana Paula Araújo.

Mandetta também recebeu críticas da Associação Nacional de Jornais, que publicou uma carta “lamentando a injusta e equivocada referência aos jornais brasileiros”.

Para o presidente da ANJ, Marcelo Rech, Mandetta “desconsiderou a dedicação de toda a imprensa em levar orientações e informações corretas, combatendo as desinformações, muitas vezes em cooperação estreita com o Ministério da Saúde”.

Mais tarde, no Twitter, Ana Paula Araújo agradeceu ao público pelas mensagens de apoio frente ao posicionamento. “Emocionada com tantas mensagens bacanas pelo JN de hoje. Muito obrigada! Seguimos JUNTOS no combate à essa pandemia. E viva o jornalismo”, publicou a apresentadora.

 

Fonte: uol.com.br

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