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ARTIGO: A empatia em tempos de pandemia

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A empatia pode ser definida como o modo de nos colocarmos no lugar do outro, ou seja, ter empatia é enxergar as transformações do mundo através do reflexo dos olhos do outro, isso nos leva a ter uma visão diferente do meio social que estamos inseridos.

Atualmente na crise sem precedentes a qual o mundo está envolvido até o pescoço, diferenciando apenas um país do outro em que parte do atoleiro que está (começo ou meio do furacão, pois o fim ainda não se apresentou – não há vacinas ainda). Desenvolver a empatia é uma condição extremamente importante para continuar a saga humana na Terra.

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Arthur Igreja, um dos fundadores da AAA Plataforma de Inovação, traz alguns dados interessantes do comportamento humano relacionado ao modo em que as pessoas estão se relacionando com a Internet. Nas últimas 3 semanas aumentou a procura nas plataformas digitais em: 316% o consumo de notícias, 466% conteúdos religiosos (missas, cultos e outros) e mais de 500% postagens sobre finanças pessoais.

Juntando se a isso estamos enfrentando de forma diversa um bloqueio que é chamado de “lockdown”. Termo em inglês representativo da ação de não só impor a limitação ou a proibição de viagens como também, a determinação para que o comércio e outras atividades não essenciais fiquem fechadas.

Na aplicação da quarentena nos é apresentada situações que o pensamento binário entre o certo x errado ou essencial x não essencial, não dão conta de ter uma resposta eficiente para um problema tão complexo que modificou totalmente o modo da vida social.

Hoje é importante superar o processo de Negação. A Negação na psicologia é tida como um processo de defesa construído internamente cuja pessoa de alguma forma, inconscientemente ou não, reluta em tomar conhecimento de uma realidade adversa que surge de maneira demolidora em sua realidade psíquica.

Então, analisar a crise sob a ótica de seu forte impulsionamamento das pessoas em ficar horas conectadas nas mídias sociais devido ao isolamento social, em que as questões discordantes afloram de modo exponencial em longas discussões e debates acalorados, faz com que nos empenhemos em aceitar a realidade imposta pelo problema de saúde e com isso desenvolvamos a prática da empatia no mundo “real” ou “virtual”.

Existe o grupo que quer voltar ao trabalho e colocar a econômica para girar, pois será afetado de modo ímpar em sua condição financeira, seja pela perda do emprego ou a quebra do negócio próprio.

Por outro lado, existe os que defendem #ficaemcasa, pois temem pela sua condição de saúde ou de algum familiar que pertence a algum grupo de risco.

Parece que chegamos numa encruzilhada em que não podemos escolher um caminho em detrimento do outro. Se assim é verdade, então poderíamos pensar que estamos perdidos, porque não podemos escolher um caminho e abandonar o outro. Verdade!  Precisamos ir para além dessa dicotomia.

Não devemos nos digladiar nas mídias sociais numa situação maniqueísta do bem contra o mal. A pandemia nos trouxe diversos problemas complexos numa tessitura de uma nova ordem que surge.

Para isso é necessário a desafiante prática da empatia, pois todos terão que apresentar sua contribuição para as possíveis soluções dos novos problemas de saúde e da economia.

E o ser humano tem essa condição de escolher construir pontes para unir, ao invés de levantar muros para separar.

Um exemplo podemos tirar sobre uma história do furacão Katrina. Uma tempestade em que os ventos alcançaram mais de 280 km/h, e provocaram grandes prejuízos no litoral sul dos Estados Unidos, em torno da região metropolitana de Nova Orleans, em agosto de 2005 em que mais de um milhão de pessoas tiveram que ser evacuadas, trazendo grandes prejuízos e causando várias mortes. 

Um banco local que possuía vários cofres em suas agências com dinheiro em espécie e foram tomados pela lama, (tiveram que “lavar” o dinheiro – higienização) montou quiosques de atendimentos para emprestar dinheiro para a população sem nenhuma consulta, pois as pessoas não conseguiam usar seus cartões de crédito devido a eletricidade não estar disponível e o banco não conseguia consultar nenhum dado bancário. Isso é um grande case de Empatia.

O Coronavírus nos impõe uma condição de sermos grandiosamente empáticos, condição sine qua non para a superação desse terrível mal que assola em alguma medida todos os habitantes do planeta. Então, paremos de nos engalfinhar nas redes sociais para construir uma convivência mais colaborativa.

Mais empatia e menos desamor.

 

Aguinaldo Adelino Carvalho

Palestrante, Professor, Psicoterapeuta e Teólogo

 

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