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Moro diz que fake news não têm nada a ver com liberdade de expressão

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O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou na tarde de hoje que “ameaças e notícias falsas” não têm nada a ver com liberdade de expressão, em clara referência à operação da Polícia Federal contra bolsonaristas, acusados de propagação de fake news nas redes sociais, ocorrida ontem. Alguns dos envolvidos, como o próprio empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, têm declarado o seu direito constitucional à liberdade de expressão.

Moro também demonstrou preocupação com a manutenção do estado de direito e com as famílias de vítimas em decorrência da covid-19.

“Campanhas difamatórias contra adversários, ameaças e notícias falsas não têm a ver com liberdade de expressão. Um debate que não pode tirar o foco do que importa agora: defender o estado de direito e a vida. Meu respeito à democracia, ao Judiciário e às famílias de vítimas da covid”, afirmou.

Moro se refere a operações deflagradas pela corporação ontem, quando a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal relacionados ao inquérito das fake news, que é conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Entre os alvos estão pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro.

Moro: “Defesa do estado de direito”

Ao dizer que um debate sobre fake news não pode ser mais importante do que a “defesa do direito do estado de direito e da vida”, Moro reage às declarações feitas por Jair Bolsonaro mais cedo.

“As coisas têm limite. Ontem foi o último dia e peço a Deus que ilumine as poucas pessoas que ousam se julgar mais poderosas que outros que se coloquem no seu devido lugar, que respeitamos. E dizer mais: não podemos falar em democracia sem Judiciário independente, Legislativo independente para que possam tomar decisões. Não monocraticamente, mas de modo que seja ouvido o colegiado. Acabou, porra!”, afirmou o presidente da República em pronunciamento hoje pela manhã.

Também afirmou ter em mãos as “armas da democracia” e disse que “ordens absurdas não se cumprem”.

 

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