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Doria anuncia que SP vai produzir vacina contra a Covid-19

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O governador de São Paulo, João Doria (PSDB) anunciou, na manhã desta quinta-feira (11), que o Instituto Butantan vai produzir uma vacina – que está em fase final de testes – contra o novo coronavírus, em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech.

“Hoje, daqui a pouco, às 12h30, um anúncio histórico: o acordo feito pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês e a terceira fase de testes, que é a última fase, para a vacina contra o coronavírus”, afirmou o governador, ao lado de Dimas Covas, diretor do Instituto, em vídeo divulgado em sua conta no Twitter.

Em outra mensagem, Doria afirmou que essa vacina “é uma das que está em estágio mais avançado em todo o mundo”.

A postagem é acompanhada de um vídeo no qual o governador aparece ao lado do presidente do Instituto, Dimas Tadeu Covas. Segundo Doria, o estudo está na terceira fase do processo, que inclui teste em humanos e é a última antes do registro – o que pode levar mais de um ano para ocorrer.

Em nota divulgada nesta quinta, o laboratório Sinovac Biotech afirmou que a parceria com o Instituto Butantan é o primeiro de uma série de acordos que devem ser concluídos entre as partes para estabelecer uma ampla colaboração que inclui licenciamento de tecnologia, autorização de mercado e comercialização do Coronavac, o nome da vacina criada pelo laboratório.

“Essa pandemia tem um impacto trágico em todo o mundo e esta aliança distinta com Sinovac para conduzir a última fase dos ensaios clínicos trará esperança de ter uma vacina a curto prazo. O Butantan espera apoiar não apenas o desenvolvimento clínico, mas também as atividades de comercialização e fabricação da Coronavac no Brasil”, afirmou Dimas Covas, na nota divulgada pelo laboratório chinês.

Vacina

A vacina da Sinovac Biotech está em estágio avançado e já foi aprovada para testes clínicos na China. Ela usa uma versão do coronavírus inativado, ou seja, não há a presença do Sars-Cov-2 vivo na solução, o que reduz os riscos deste tipo de imunização.

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele, fazendo assim com que ele não consiga se duplicar no sistema. É o mesmo princípio das vacinas contra a hepatite e a influenza (gripe).

Ao entrar no organismo, a vacina coloca uma espécie de memória celular responsável por ativar a imunidade de quem é vacinado. Ao entrar em contato com o coronavírus ativo, o corpo já está preparado para induzir uma resposta imune.

Cientistas chineses chegaram à fase clínica de testes – ensaios em humanos – em outras três vacinas. Uma produzida por militares em colaboração com a CanSino Biologics, e mais duas desenvolvidas pela estatal China National Biotec.

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