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Saúde vai anunciar programa para testar 50 milhões de pessoas para covid-19

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O ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, informou que deve apresentar até amanhã uma estratégia de testagem do governo para a covid-19. O Ministério da Saúde pretende realizar testes para covid-19 em 12% da população na modalidade RT-PCR (molecular) e outros 12% pelo meio sorológico no plano de orientação de testagem em massa.

Pazuello, que participou hoje de audiência pública com parlamentares que acompanham as medidas do governo contra o coronavírus, disse inicialmente que não queria “dar spoiler”, ou seja, antecipar informações sobre essa estratégia. Mas, em um segundo momento, pediu que o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, apresentasse uma explicação adicional.

“Nós vamos partir, resumidamente, para cerca de 12% da população para a testagem de RT-PCR, que é o molecular, como nós chamamos, e, para 12% da população, na testagem da sorologia. A gente vai divulgar com detalhes todo o nosso programa, mas o principal problema, a principal missão que o ministro nos deu, foi de agilizarmos essa testagem”, disse Medeiros.

O teste molecular (RT-PCR) é apontado como mais preciso por infectologistas. Já o teste sorológico (que engloba o popular teste rápido) informa se o corpo teve contato com o vírus e desenvolveu proteção contra ele.

Dados epidemiológicos

Deputados e senadores também questionaram o ministro sobre as mudanças na divulgação do número de infectados e mortos pela covid-19. No início do mês, o governo federal excluiu os dados relativos ao todo, passando a divulgar apenas os números das últimas 24 horas.

Uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), obrigou a retomada da divulgação dos dados acumulados.

“Quanto aos dados epidemiológicos, eu acredito que a gente não mudou nada. É só transparência e aprofundamento de dados. O que se propôs, e eu já concordei com os deputados, é que nós tivéssemos também apresentado outro modelo de gráfico, mostrando a data do óbito, para que o gestor possa acompanhar o resultado das suas ações naquele momento”, justificou.

A senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) também perguntou a Pazuello sobre a ausência de entrevistas coletivas diárias em meio à pandemia da covid-19.

“A gente precisa ter mais dados, assuntos mais relevantes para tratar numa coletiva. Quando a gente para gestores no nível do ministro e dos secretários, nós estamos tirando o pessoal do trabalho, tirando o pessoal da produção. Por isso é que a gente diminuiu um pouco a rotina, mas estamos prontos para responder a qualquer motivo, a qualquer momento”, respondeu o ministro.

Interinidade

No comando da pasta desde o dia 15 de maio, quando Nelson Teich anunciou sua saída do governo, Pazuello foi nomeado ministro interino da Saúde. Questionado pelo deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP) sobre a possibilidade de permanecer no cargo, o general comentou sua “interinidade permanente” à frente do Ministério da Saúde.

“Não sei o tempo que o presidente quer que eu fique na missão e eu estou disponível para ele pelo tempo que for necessário. Meu compromisso foi para vir ajudar a combater a pandemia, ajudar a organizar, estruturar o ministério da melhor forma possível, fazer funcionar, colocar pessoas com os perfis corretos. Existe a opção de o presidente querer que eu fique fazendo esse trabalho”, ponderou.

 

*Com Agência Senado

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