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Colecionador de Brasília é o primeiro a obter a cédula de R$ 200

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O colecionador Athos Camargo, de 50 anos, foi o primeiro brasileiro a obter a cédula de R$ 200. Ele ficou mais de três horas na frente do Banco Central, em Brasília, para conseguir o feito. E saiu de lá com 15 cédulas de R$ 200, para enviar para os amigos colecionadores do resto do Brasil.

“Como colecionador, eu tinha uma expectativa muito grande, porque, até a hora do lançamento, o Banco Central manteve todas características da cédula sob sigilo”, explicou Athos, que é bombeiro militar da reserva, mora no Jardim Botânico e é colecionador há 35 anos.

Ele lembrou que a expectativa também era grande porque esta é a primeira vez em 18 anos que a família do Real ganha um novo membro. “A curiosidade era muito grande. Por isso, cheguei cedo para garantir logo a minha”, contou o colecionador, que chegou por volta das 11h no Banco Central, mesmo com o lançamento da cédula previsto só para as 13h30 nesta quarta-feira (02/09).

Athos garantiu que a espera valeu a pena. É que ele pegou, ao todo, 15 cédulas para enviar aos amigos colecionadores do restante do Brasil. “Quem é colecionador tem o prazer de colecionar. Não ia deixar de adquirir. Garanti a minha e vou ajudar meus colegas que moram em cidades menores, nas quais a nota só chegaria só depois de utilizada”, explicou.

Já sobre o desenho da nota, ele ainda está amadurecendo sua avaliação. Primeiro, disse que achou a cédula muito bonita. Depois, disse que poderia ter um pouco mais de cores ou elementos. Na internet, muitos estão reclamando que a cédula é meio “apagada”, pela cor cinzenta, com detalhes em sépia.

“Esperava-se um pouco mais. Mas entendo que foi uma coisa feita emergencialmente, foi uma resposta emergencial à demanda maior da pandemia. Então, não dava para fazer muita coisa diferente”, ponderou Athos.

O colecionador ainda rebateu as críticas sobre o receio de que a cédula favoreça o aumento da corrupção e a desvalorização do real.
“Quando foi lançada, a cédula de R$ 100 valia mais de US$ 100. Mas a cédula de R$ 200 hoje vale US$ 40”, explicou.

Athos, contudo, fez algumas objeções aos elementos de segurança da nota de R$ 200. “Não tem a faixa holográfica das cédulas de R$ 100 e R$ 50, que é um dificultador para os falsários, que dificilmente conseguem replicar isso. É mais parecida com a cédula de R$ 20, tem o número holográfico, a marca holográfica”, avaliou.

Segundo ele, algumas falsificações conseguem chegar perto desses elementos, o que geraria menos dificuldade para a falsificação da nota de R$ 200. O BC garante, por sua vez, que todas as cédulas são igualmente seguras e se comprometeu a fazer campanhas de conscientização sobre os elementos de segurança da nova nota nas próximas semanas.

O colecionador do Jardim Botânico não era o único a fazer fila na frente do BC à espera da nota do lobo-guará nesta quarta-feira. Muitos colecionadores também correram para garantir seus exemplares. Afinal, tinham pressa para conhecer a nova nota e também queriam cédulas ainda sem sinais de uso, como dobras ou amassados. O BC, contudo, não pretende lançar nenhuma série de ensaio ou espécime da cédula de R$ 200 para colecionadores por enquanto.

 

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