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Polícia

Polícia Civil apreende gravador de vídeo e monitor que foram subtraídos de residência de casal assassinado

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A Polícia Civil apreendeu nesta quinta-feira (10) o gravador digital de vídeo, também chamado de DVR, e o monitor que foram subtraídos da residência de Valfrido Cauneto e Maria Vanda Bernardelli Cauneto no dia do assassinato do casal, em Santo Expedito (SP), em janeiro de 2020. O filho mais novo das vítimas, Gustavo Bernardelli Cauneto, é acusado pelo duplo homicídio triplamente qualificado.

O delegado Mateus Nagano da Silva informou  que os itens foram encontrados pelo irmão de Valfrido em uma represa que fica próxima a lagoa onde a arma usada no crime foi localizada no ano passado. Além dos dois equipamentos eletrônicos, também foram apreendidas uma meia e uma luva. Tudo estava dentro de um saco de nylon.

“Vamos encaminhar os objetos para a perícia, principalmente o DVR, para tentar recuperar as imagens. Também já vamos informar o juiz do Júri”, explicou Silva.


Ainda segundo o delegado, Gustavo está preso na Penitenciária de Montalvão, em Presidente Prudente (SP).
O caso

O casal foi morto a tiros na propriedade rural da família, em Santo Expedito, em 23 de janeiro de 2020.

Valfrido, que já havia sido prefeito de Santo Expedito por dois mandatos entre as décadas de 1970 e 1980, ocupava o cargo de vereador na cidade.

Irmão de Gustavo, o filho mais velho do casal encontrou o pai, de 76 anos, e a mãe, de 68 anos, já sem vida, por volta das 4h30, quando chegou para ajudar na ordenha de vacas na propriedade rural da família.

Cinco disparos atingiram as vítimas, conforme informou à polícia o Instituto Médio Legal (IML) na epóca.


Localizada caída na porta do quarto, a mulher apresentava três ferimentos à bala – 1 na perna, 1 no olho e 1 no peito (que transfixou às costas) – e o homem, encontrado entre a cama e um guarda-roupas, duas lesões – 1 na cabeça e 1 na axila, conforme contou na ocasião o delegado Mateus Nagano da Silva, responsável pelas investigações.

A porta dos fundos da casa estava aberta, sem sinais de arrombamento.

Conforme a Polícia Civil, o local era cercado por câmeras externas, mas a central com as imagens do circuito de segurança foi levada por quem cometeu o crime.

A Polícia Civil prendeu, no dia 29 de janeiro, Gustavo Bernardelli Cauneto, que confessou ter assassinado a tiros os próprios pais.

Segundo a polícia, Gustavo alegou que teve um “surto psicótico” que o levou a assassinar os pais.


A arma de fogo usada para matar as vítimas foi encontrada em uma represa na chácara de um tio do acusado.

A defesa de Gustavo informou que acredita 100% na inocência dele e que a confissão do crime foi feita mediante agressão policial. Além disso, a defesa pontuou que, no procedimento da prisão, a Polícia Civil arrombou a casa e agrediu seu cliente para que ele confessasse o crime.

Sobre as acusações da defesa de Gustavo Bernardelli Cauneto, de que ele teria apanhado da polícia, a Delegacia Seccional da Polícia Civil, em Presidente Prudente, reiterou que a prisão dele foi cumprida com observância às normas legais, sendo certo que no momento da detenção houve resistência.

Ainda segundo a polícia, essas circunstâncias foram registradas em Boletim de Ocorrência próprio e o preso foi submetido ao devido exame de corpo de delito.

Em fevereiro de 2020, a Justiça decretou a prisão preventiva do suspeito e recebeu a denúncia formulada pelo Ministério Público Estadual, o que tornou Gustavo réu pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, crime continuado, furto, outra circunstância agravante apontada na denúncia e fraude processual.


 

 

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