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Polícia

Cerca de 10 jacarés invadem lagoa de tratamento de esgoto em penitenciária

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Três deles foram capturados pela Polícia Ambiental 

A Polícia Militar Ambiental capturou três jacarés-de-papo-amarelo (Caiman latirostris) em lagoas que fazem o tratamento de esgoto da Penitenciária Silvio Yoshihiko Hinohara, a P1, em Presidente Bernardes (SP), nesta quarta-feira (3). Depois da captura, os répteis foram soltos na área do Parque Estadual do Rio do Peixe, em Presidente Venceslau (SP). 

A estimativa da Polícia Ambiental é de que ainda exista um total de sete jacarés em circulação na área onde ficam as lagoas de tratamento de esgoto do presídio, em Presidente Bernardes, e, por isso, prevê a captura gradual de todos os animais, mas sem prazo previsto para a conclusão da operação, para evitar estresse aos répteis.

O capitão Júlio César Cacciari de Moura, que é o comandante da 3ª Companhia da Polícia Militar Ambiental, com sede em Presidente Prudente (SP), detalhou como foi montada a operação de resgate dos répteis.

“Jacarés são animais de vida longa e alta capacidade de adaptação, são especialistas em sobrevivência, conseguem passar meses sem se alimentar. Os animais foram retirados através de contenção mecânica, com uso de equipamentos como redes, pinças e jaulas de contenção”, explicou Cacciari.

Segundo o tenente Marcel Fabrício Soares Silva, que também é oficial da Polícia Ambiental, o surgimento dos répteis nas lagoas do presídio, que ficam próximas à Rodovia Raposo Tavares (SP-270), se deu pela presença de uma mata no entorno do local.

A hipótese levada em consideração pela polícia é a de que os jacarés saem da mata e se deslocam até as lagoas de tratamento de esgoto do presídio durante o período noturno.

“Próximo ao presídio, existe uma mata e, por lá, passa o Ribeirão Guaiçara. Provavelmente essa é a origem desses animais, que têm grande capacidade migratória”, justificou. 

Ainda de acordo com o tenente, eles não apresentam riscos de ataque a seres humanos.

“Não há relatos de ataques desses animais a seres humanos na região. O normal é eles fugirem. O animal quando entra na represa de tratamento, muitas vezes, não consegue sair sozinho e, por ser um ambiente insalubre, é retirado, pela própria segurança e saúde do animal”, complementou.


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